IZA abre o jogo sobre demissexualidade e Yuri Lima: “Gostoso. Estou apaixonada!”

IZA é uma potência da música e todo mundo sabe disso! A cantora deu uma entrevista para a revista Marie Clare e abriu o jogo sobre temas muito importantes, tais quais colorismo e racismo, além de contar um pouco mais sobre a demissexualidade e rasgar elogios ao seu novo boy, Yuri Lima.

No primeiro momento, ela relembrou o começo de sua estrada e contou que existiam muitas expectativas para viver da música, pontuando que tinha uma expectativa que é bem diferente da realidade:

“Quando comecei tinha muitas expectativas sobre o que seria viver de música. Achava que seria só maravilhoso, só notas musicais. Mas cantar não é só cantar, né? Tem um tanto de coisas que amo fazer. Mas outras eu detesto. E como não vou ser boa em todas as áreas, precisei aprender a delegar. Minha empresa sou eu. Até que ponto estou disposta a extrair o máximo da empresa, sabendo que essa empresa é essa pessoinha aqui? Também tem a questão de saber lidar com a fama. Achei que seria tão mais fácil. Não tinha noção de que era esse bagulho doido.”

Sobre o tópico Redes Sociais, IZA conta que existiram momentos aonde sua cabeça não soube processar muito bem as notícias falsas que saíram envolvendo seu nome, tais quais uma suposta gravidez que a machucou em um lugar muito específico:

“Quando noticiaram que eu estava grávida. Foi cruel, porque quero muito ser mãe e não estava grávida. Mas, e se estivesse? Não gosto de responder nessas situações. Não porque sou zen. Soco a parede, grito no travesseiro. Mas não respondo porque sei que no final o barulho vai ser maior. Até brinquei postando um vídeo mostrando que estava grávida de dois copos de chope. Uma pessoa sem fonte alguma publica um absurdo e quem tem que provar que não está grávida sou eu! Sei que muita gente sofre com coisas piores, isso parece pouco, mas fez um barulhão na minha vida. Me senti invadida. Também não quero que isso pareça ‘a pobre história da menina famosa’”. Mas é porque esse lance da gravidez passou por um lugar de vigilância de corpo também. Ali eu estava passando por uma questão emocional, tomando remédios para controlar a ansiedade, meu corpo ficou diferente.”


Sempre importante destacar que a cantora apoia fortemente as iniciativas e políticas públicas, e hoje em um lugar de destaque, IZA usa sua voz e visibilidade para mostrar quanto é importante para sua carreira, e quanto foi importante algumas destas em sua caminhada como ser humano:

“Sei o quanto determinados investimentos fizeram portas se abrirem para mim. Minha mãe foi professora em escolas particulares e sempre fui bolsista, até o terceiro ano do Ensino Médio. Tive 100% de bolsa na melhor faculdade de comunicação por causa do Enem. Educação era um problema público gravíssimo. Meus amigos bolsistas só estudaram por conta dessas políticas públicas. Nesse momento da minha vida, que tenho oportunidade de fazer o que é correto, de devolver à população aquilo que ela merece, como uma empresa, vou fazer. Ir na TV falar um monte de coisas motivacionais é legal. Mas entendi que precisava fazer mais. O Entra na Roda, [projeto lançado em novembro de 2022 que vai premiar 10 afro empreendedores, de cinco diferentes categorias, com um prêmio de R$ 40 mil para cada iniciativa], não nasceu de uma necessidade política, para fazer o que o governo não faz. São questões complementares. Acredito, sim, que com o novo governo vamos ver mais gente sorrindo de novo com projetos públicos. Mas também acho que deveria ser uma iniciativa de empresas privadas. Nós artistas temos muito mais capital do que precisamos. É preciso ir além das mensagens, das hashtags, e efetivamente fazer a diferença na vida de alguém”.

Um ponto que alguns a criticam e colocam como defeito é sua sensualidade. Com uma beleza exuberante e natural, a cantora se empodera destas críticas e conta, com muito bom humor, que para ela isso é muito pequena e que apenas vive conforme quer e ama seu corpo do jeito que é:

“Nem penso nisso mais. Sei que posso usar tudo o que quero. Então, tem mais a ver com estética do que com posicionamento. Tem dias que penso: ’Gente, minha bunda tá linda hoje. Quero um negócio desse tamanho’”.

Como uma pessoa preta de pele retinta, IZA sabe que a indústria e o mundo enxerga tudo isto com muito racismo, e sempre acompanhado de falar terríveis e criminosas. Ao falar sobre o colorismo, ela relembrou a época da escola e dos apelidos que recebia, além de aprofundar a discussão e citar Ludmilla como grande inspiração:

“A questão do colorismo é real. Meus apelidos na escola eram completamente diferentes dos de uma amiga de pele clara. Não que fosse mais fácil para ela. Mas as pessoas têm um entendimento raso sobre o que é ser negro. Existe a questão de nivelar o quanto você merece respeito de acordo com o tom da sua pele. Para uma mulher retinta como eu, ser vista como padrão de beleza era impensável. Quando você não se enxerga nos lugares, é difícil sonhar com este lugar. Então, ver a Lud no Caldeirão era: ‘Caraca, também posso!’ E precisa querer muito, porque o sistema vai tentar fazer você desistir. Isso foi importante para mim – e ela sabe disso.”

Um outro mal da sociedade contemporânea é o machismo velado e enraizado em todos os níveis. Sobre a epidemia que vemos, onde todos tem algo desse terrível mal para apontar e criticar, IZA soltou o verbo em Bolsonaro, que legitimou esse tipo de discurso, além de dizer que o corpo da mulher não se resume a um órgão sexual:

“Acho tudo isso perigoso. O governo que vivemos nos últimos tempos legitimou movimentos, permitiu a livre expressão de assuntos esdrúxulos. Então, são reflexo de um período sombrio. E tem as pessoas que entendem que ódio engaja. Alguém avisa esses caras que mulher não é só sobre bocet…? Qualquer pessoa segregacionista, seja pelo sexismo ou racismo, tem desvio de caráter, de princípios deturpados, de burrice. Além de discutir, é importante educar os jovens sobre sexismo, machismo e igualdade de gênero.


O tópico da Demissexualidade, que é quando uma pessoa só consegue sentir atração ao ter um vínculo afetivo com outro indivíduo, surge na vida de IZA em uma fala reproduzida e cortada do “Quem Pode, Pod!” com Gioh Ewbank e Fernanda Paes Leme. Sobre isto, ela declara:

“O que quero dizer é que preciso admirar muito alguém para ter um relacionamento sexual. Não tenho que casar, ter um relacionamento sério, mas já tentei fazer sexo casual e não funciona comigo. A experiência raramente é prazerosa para mim. E tem as questões emocionais, de achar que o sexo é sagrado demais para fazer com uma pessoa que não conheço. Onde estava este peru antes? Não sei. Por onde andou? Não sei! Gosto de ter uma conexão sincera. E agora que sou famosa, então, preciso realmente confiar na pessoa, né?”.

Obviamente surgiria o assunto do momento em sua vida: Yuri Lima. Os dois assumiram o relacionamento há pouco tempo e estão muito felizes. IZA é só elogios ao seu namorado e revelou como os dois se conheceram:
“Eu o acho um gostoso! Comecei a trocar ideia com ele pela internet. Vou falar sobre isso pela primeira vez. Conheci ele no Instagram. Meses depois que postei sobre a minha separação, entrei numa pilha de ver quem tinha me mandado mensagem. Tinham coisas interessantes e completamente aleatórias. Achei uma mensagem do Yuri, fui stalkear e vi que ele era tão discreto quanto eu. A gente começou a se falar e achei ele muito maneiro, uma pessoa fodona, incrível, gostosa de conversar. Aí decidi ver qual era desse menino. A gente se encontrou e foi incrível. E cá estou eu, namorando.”

Sobre o suposto affair com Lewis Hamilton, IZA revela que apenas conversou com ele, e que não teve coragem de dizer à ele que a internet estava indo à loucura criando até mesmo bebês para os dois:
“Até falei com ele depois do jantar, mas não sei se ficou sabendo. Como ia dizer que estavam fazendo montagens sobre nossos possíveis filhos? Achei que seria demais! [risos]. Era um jantar, mas foi a minha foto que repercutiu. Foi engraçado. Sinceramente, espero que ele não saiba!”.

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